sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fé Inoperante

Analisemos mais uma lição do livro "Fonte Viva", psicografia de Chico Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel.


Capítulo 39 - Fé Inoperante.

"Assim também a fé. se não tiver as obras, é morta em si mesma." - (TIAGO, 2:17.)

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva.

Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? de uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo? de uma luz que não se irradie?

Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração.

A crença religiosa é o meio.

O apostolado é o fim.

A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e sublimação.

Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum.

A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.

Guardar, pois, o êxtase religioso no coração, sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.

- Emmanuel.

Belíssima lição podemos extrair das linhas que se seguiram acima, vez que Emmanuel demonstra, com sua sabedoria, a necessidade do serviço no Bem, alimentado pela fé viva do Cristianismo.

Conforme dito, a fé sem obras constitui uma oportunidade perdida diante da Divindade, pois a crença em algo superior deve ser concretizada através da conduta cristã junto aos sofredores.

Emmanuel nos indica o caminho, aconselhando-nos a tomarmos um lugar de atividade comum, de serviço no bem, em favor da sociedade, na área em que nos sentirmos preparados para tanto.

Somente com a aplicação dos princípios cristãos junto à sociedade é que transformaremos nosso pequeno grão de mostarda em Reino Divino em nossa existência, quando efetivamente viveremos a verdade maior no imo de nosso ser, trabalhando e servindo.

Deus não deseja que nos isolemos da sociedade, em monastérios afastados da convivência social, mas, pelo contrário, Ele quer que coloquemos em prática os ensinamentos cristãos junto d'aqueles a quem fomos chamados a amparar, na família e na sociedade.

Somente assim estaremos transformando nossa fé em prática no Bem, dando-lhe frutos abençoados de serviço e caridade, em favor do próximo e de nós mesmos, em virtude do avanço moral a qual estaremos sujeitos pelo exercício do amor de Cristo.

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