segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Na Senda Escabrosa

Analisemos o capítulo 41 do livro "Fonte Viva", psicografado por Chico Xavier e ditado por Emmanuel:

"Nunca te deixarei, nem te desampararei." - Paulo. (Hebreus, 13:5.)

A palavra do Senhor não se reporta somente à sustentação da vida física, na subida pedregosa da ascensão.

Muito mais que de pão do corpo, necessitamos de pão do espírito.

Se as células do campo fisiológico sofrem fome e reclamam a sopa comum, as necessidades e desejos, impulsos e emoções da alma provocam, por vezes, aflições desmedidas, exigindo mais ampla alimentação espiritual.

Há momentos de profunda exaustão, em nossas reservas mais íntimas.

As energias parecem esgotadas e as esperanças se retraem apáticas. Instala-se a sombra, dentro de nós, como se espessa noite nos envolvesse.

E qual acontece à Natureza, sob o manto noturno, embora guardemos fontes de entendimento e flores de boa vontade, na vasta extensão do nosso país interior, tudo permanece velado pelo nevoeiro de nossas inquietações.

O Todo-Misericordioso, contudo, ainda aí, não nos deixa completamente relegados à treva de nossas indecisões e desapontamentos. Assim como faz brilhar as estrelas fulgurantes no alto, desvelando os caminhos constelados do firmamento ao viajor perdido no mundo, acende, no céu de nossos ideais, convicções novas e aspirações mais elevadas, a fim de que nosso espírito não se perca na viagem para a vida superior.

"Nunca te deixarei, nem te desampararei" - promete a Divina Bondade.

Nem solidão, nem abandono.

A Providência Celestial prossegue velando...

Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranquila e de que não existe noite sem alvorecer.

- Emmanuel.

Auxílio da Providência é o tema central da página lida acima.

Deus não abandona a Humanidade e não permite que as trevas dominem os corações humanos por completo.

Deus, através dos seus trabalhadores fiéis, nos enviam messes de amor e tranquilidade, as quais envolvem toda a Terra, inspirando-nos por objetivos mais nobres e o esforço diário da reforma íntima.

Que possamos sempre saber que Deus nos ampara sempre e sabe de nossas dificuldades.

Não estamos sozinhos em nenhum momento. Ele providenciará tudo aquilo que necessitamos para o nosso aperfeiçoamento moral.

Confiemos nele, tendo a certeza de que o amparo se fará presente sempre que necessitarmos, bastando que sintonizemos com as esferas superiores a fim de receber o auxílio necessário.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ante o Objetivo

Reflexão do dia extraída do capítulo 40, do livro "Fonte Viva", psicografia de Chico Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel.

"Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição." - Paulo. (Filipenses, 3:11.)

Alcançaremos o alvo que mantemos em mira: O avarento sonha com tesouros amoedados e chega ao cofre forte.

O malfeitor comumente ocupa largo tempo, planificando a ação perturbadora, e comete o delito.

O político hábil anseia por autoridade e atinge alto posto no domínio terrestre.

A mulher desprevenida, que concentra as idéias no desperdício das emoções, penetra o campo das aventuras inquietantes.

E cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo.

O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a paz.

O delinquente, para efetuar a falta que delineia, avilta o nome.

O oportunista, para conseguir o lugar de mando, muitas vezes desfigura o caráter.

A mulher desajuizada, para alcançar fantasiosos prazeres, abdica, habitualmente, o direito de ser feliz.

Se impostos tão pesados são exigidos na Terra aos que perseguem resultados puramente inferiores, que tributos pagará o espírito que se candidata à glória na vida eterna?

O Mestre na cruz é a resposta para todos os que procuram a sublimidade da ressurreição.

Contemplando esse alvo, soube Paulo buscá-lo, através de incompreensões, açoites, aflições e pedradas, servindo constantemente, em nome do Senhor.

Se desejas, por tua vez, chegar ao mesmo destino, centraliza as aspirações no objetivo santificante e segue, com valoroso esforço, na conquista do eterno prêmio.

- Emmanuel.

Essa página me fez relembrar de outra página do mesmo espírito, onde o mesmo se reporta à importância de termos cuidado com nossas escolhas pois elas definirão o nosso estado futuro de sofrimento ou felicidade.

Da mesma forma nesta página, Emmanuel lembra que existem consequências para as escolhas que fazemos, com base nos objetivos aos quais nos entregamos.

Caso nossos objetivos sejam inferiores, as consequências serão nefastas para o nosso espírito. E, da mesma forma, caso optemos pelo caminho de Luz, conforme Paulo o fez, teremos um futuro glorioso junto ao Pai, na eternidade.

Sendo assim, nos empenhemos em definir nossos objetivos de vida, conforme os ensinamentos do Mestre Amado, servindo e amando sempre, compreendendo e perdoando a todos, para que a felicidade verdadeira se faça em nosso coração e conquistemos, enfim, a paz íntima tão necessária para todos os espíritos criados por Deus.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fé Inoperante

Analisemos mais uma lição do livro "Fonte Viva", psicografia de Chico Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel.


Capítulo 39 - Fé Inoperante.

"Assim também a fé. se não tiver as obras, é morta em si mesma." - (TIAGO, 2:17.)

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva.

Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? de uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo? de uma luz que não se irradie?

Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração.

A crença religiosa é o meio.

O apostolado é o fim.

A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e sublimação.

Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum.

A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.

Guardar, pois, o êxtase religioso no coração, sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.

- Emmanuel.

Belíssima lição podemos extrair das linhas que se seguiram acima, vez que Emmanuel demonstra, com sua sabedoria, a necessidade do serviço no Bem, alimentado pela fé viva do Cristianismo.

Conforme dito, a fé sem obras constitui uma oportunidade perdida diante da Divindade, pois a crença em algo superior deve ser concretizada através da conduta cristã junto aos sofredores.

Emmanuel nos indica o caminho, aconselhando-nos a tomarmos um lugar de atividade comum, de serviço no bem, em favor da sociedade, na área em que nos sentirmos preparados para tanto.

Somente com a aplicação dos princípios cristãos junto à sociedade é que transformaremos nosso pequeno grão de mostarda em Reino Divino em nossa existência, quando efetivamente viveremos a verdade maior no imo de nosso ser, trabalhando e servindo.

Deus não deseja que nos isolemos da sociedade, em monastérios afastados da convivência social, mas, pelo contrário, Ele quer que coloquemos em prática os ensinamentos cristãos junto d'aqueles a quem fomos chamados a amparar, na família e na sociedade.

Somente assim estaremos transformando nossa fé em prática no Bem, dando-lhe frutos abençoados de serviço e caridade, em favor do próximo e de nós mesmos, em virtude do avanço moral a qual estaremos sujeitos pelo exercício do amor de Cristo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Se soubéssemos

A leitura de hoje foi retirada do capítulo 38 do livro Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier.

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem..." - Jesus. (LUCAS, 23:34.)

Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida lhe cobrará, no reajuste do seu destino, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.

Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a visão, observando o sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais o imobilizaria a pena, a fim de não se confiar à acusação descabida.

Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres.

Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não perpetraria o delito da indiferença.

Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação.

Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.

Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.

Perdoa, pois, a quem te fere e calunia...

Em verdade, quantos te rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.

- Emmanuel

Refletindo acerca da página acima, podemos contemplar a sabedoria de Emmanuel, quando analisa a lei de Causa e Efeito, vez que as consequências de nossos atos infelizes sempre serão dolorosas, caso não optemos pela resgate através do amor.

Nós, espíritas, temos plena ciência do que ocorrerá no futuro, baseando a probabilidade nas condutas atuais. Estamos, portanto, um passo além daqueles que não tem ideia do que lhes aguarda no futuro espiritual.

Com isso, nossa responsabilidade aumenta. Conforme já orientou o Mestre Amado, "a quem mais é dado, mais será pedido", ou seja, seremos todos cobrados pela nossa própria consciência de tudo aquilo que fizemos ou deixamos de fazer.

Que possamos, portanto, agradecer por nossas limitações físicas ou intelectuais, pois elas podem ser freios requeridos por nós próprios antes da reencarnação, para que não caíssemos nos mesmos erros do passado. 

Em muitos casos, inúmeros exemplos de deficiências físicas são consequência de nossos atos infelizes do passado, mas também um pedido de nós mesmos para que aprendamos a lição sem que voltemos a errar.

Por fim, resta salientar a importância de fechar os ouvidos às sugestões do mal, e também das suas provocações e atos violentos contra nossa integridade física ou psicológica, tendo em vista que eles assim agem pois ignoram a Lei Maior, angariando débitos perante a Consciência divina, pelos quais responderão em encarnações futuras.

E a melhor forma de evitar situações constrangedoras no futuro é realizar hoje todo o bem que pudermos, utilizando nossas capacidades motoras e intelectuais em favor do próximo que roga-nos auxílio, no leito da enfermidade ou da ignorância moral.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Na Obra Regenerativa

"Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, orientai-o com espírito de mansidão, velando por vós mesmos para que não sejais igualmente tentados." - Paulo. (Gálatas, 6:1.)

Esse trecho compõe o capítulo 37 do livro "Fonte Viva", ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier.

Emmanuel interpreta essa passagem evangélica afirmando que: 

"Se tentamos orientar os irmãos perdidos no erro, através de comentários de cólera, acabamos por despertar a ira contra nós mesmos.

Se lhes oferecemos golpes, eles revidarão com outros tantos.

Se lhes destacamos as falhas, eles se recordarão de nossos gestos menos felizes.

Se aconselharmos no sentido de que eles devem sofrer o mesmo mal que impuseram a outrem, apenas aumentamos a percentagem do mal em nosso redor.

Se aplaudimos a conduta errônea, aprovamos o crime.

Se ficarmos indiferentes, sustentamos a perturbação.

Mas se nós tratarmos o erro do semelhante como quem tem a intenção de afastar a enfermidade de um amigo doente, estamos concretizando a obra regenerativa.

Nas horas difíceis, onde vemos um companheiro nosso cair no despenhadeiro das sombras interiores, não esqueçamos de que, para auxiliá-lo é tão desaconselhável a condenação quanto o elogio.

Se não é justo atirarmos petróleo às chamas com o propósito de apagar a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfumes.

Sejamos humanos, antes de tudo.

Aproximemo-nos do companheiro infeliz, com os valores da compreensão e da fraternidade.

Ninguém perderá, exercendo o respeito que devemos a todas as criaturas e a todas as coisas.

Nos coloquemos na situação do acusado e reflitamos se, nas condições dele, teríamos resistido às sugestões do mal. Relacionemos as nossas vantagens e os prejuízos do próximo, com imparcialidade e boa intenção.

Toda vez que assim procedermos, o quadro se modificará nos mínimos aspectos.

De outro modo será sempre fácil condenar, para cair, com certeza, nos mesmos delitos, quando formos, por nossa vez, visitados pela tentação."


- Emmanuel.

Assim, que nós todos possamos jamais julgar o próximo quando o mesmo se nos apresente seus erros cometidos.

Nós não temos ideia se cairíamos nos mesmos erros caso fôssemos visitados pela mesma situação do acusado.

Por isso, importante se faz colocar-se no lugar do próximo, sem julgá-lo fraco ou inferior a nós. Certamente, agiríamos da mesma forma ou, quiçá, de forma pior diante da mesma situação.

No caso de sermos confidentes desses irmãos, que jamais comentemos os seus atos junto a outras pessoas e procuremos sempre aconselhar conforme os ensinamentos do mestre Jesus.

Como diz a sabedoria popular, nunca devemos ficar "em cima do muro", pois para essas pessoas, é necessário que tomemos uma decisão em relação ao erro cometido e necessitamos transmitir a lição de forma amorosa e sem ironia.

Muitas vezes, não agradaremos essas pessoas, que muitas vezes nos buscam para ouvir aquilo que desejam ouvir e não o que necessitam ouvir.

A conduta ideal quase sempre não será bem recebida pelos que erraram, tendo em vista que será sempre necessária a tentativa de reverter o erro cometido, pedir perdão àqueles a quem ofendemos e etc.

Ainda assim, não devemos nos preocupar se estamos agradando aqueles que nos pedem conselhos, mas sempre devemos nos preocupar em transmitir a postura correta diante de qualquer dificuldade, ainda que a pessoa nos busque para ouvir o apoio pela postura errônea, o que jamais devemos fazer.

Tal conduta é muito importante, para que, no futuro, a mesma pessoa, caso erre novamente, não possa dizer: "mas fulano me disse que não tinha problema...", ou qualquer outra afirmativa que nos comprometa a reputação cristã.

Em contrapartida, não devemos ir até o outro extremo, que é o da condenação desmedida, afirmando aos quatro ventos que a pessoa errou e que será condenada por esse erro de forma implacável. Lembremos sempre que a Lei Divina é misericordiosa e preenchida de intenso amor, a qual nos oferece oportunidades mil para corrigirmos nossos erros cometidos.

Por fim, lembremo-nos sempre de que Jesus disse sempre o que necessitamos ouvir, sem se preocupar se agradava aos doutores da lei ou ao império romano. Ensinou, exemplificou e amou a todos, sem jamais aplaudir o erro ou relevar a maldade, demonstrando sempre as melhores formas de reequilibrar-se junto à justiça Divina.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Trabalho Edificante

Diante do quadro de infelicidade global gerada por aqueles que ainda desejam o mal, figuram outros, que agem silenciosamente para o bem comum. Enquanto a maldade faz barulho e incomoda através de seus atos de ignomínia, os anjos de Deus seguem consolando e amparando.

Não temamos a noite sombria, a tempestade no ar! Como já nos aconselha a bela oração de Francisco de Assis, lembremos sempre que a Divindade acompanha todos os acontecimentos humanos e jamais nos deixa à mercê da iniquidade humana.

Exemplos mil existem em nosso trato diário, de pessoas que já querem o Bem para si e para o próximo. Perdão das ofensas, pagar o mal com o bem, auxiliar um irmão menos favorecido, seja materialmente, seja moralmente, entre outras inúmeras formas de praticar a caridade nos rodeiam.

Sendo assim, aproveitemos a oportunidade de prática da caridade junto daqueles que nos cercam. Não esperemos a oportunidade do trabalho edificante. Busquemo-la! Seja num centro espírita, ou numa igreja católica, evangélica e em tantos outros templos religiosos. O que importa para o nosso Mentor Maior é a disposição em auxiliar a todos, independente do local de atuação.

O trabalho nos aguarda! Se ainda não te sentes à vontade para exercer um trabalho caridoso mais abrangente, busque auxiliar aqueles que partilham contigo o meio familiar e social, para depois, iniciar-se em trabalhos de auxílio a irmãos desconhecidos, mas que necessitam tanto quanto nós próprios do amor de Deus.

"Batei e abrir-se-vos-á", disse o Mestre Amado. Assim, que possamos procurar o trabalho no Bem, que o restante, Deus proverá!