terça-feira, 15 de março de 2011

Sorria

Distribua sorrisos.

Uma cara enfezada não pode trazer mais do que antipatia e más vibrações de outras pessoas.

Ainda que ajam problemas em sua vida, procure distribuir gentilezas e cumprimentar os que te rodeiam. Em alguns momentos, um bom dia pode mudar a emanação vibratória de alguém, fazendo com que esse alguém lhe envie bons pensamentos e boas vibrações a partir de então.

Jamais podemos descontar em alguém as nossas insatisfações íntimas, nossas irritações mesquinhas e nossos problemas, que são passageiros. Ás vezes, perdemos a oportunidade da manutenção de uma amizade em virtude de uma resposta carregada de irritação.

Quantas contendas são formadas diariamente em consequência da atitude ríspida de alguém? O uso excessivo da buzina no trânsito, uma exclamação irritada pela aparente demora de alguém em nos atender, a exigência de atenção imediata, o não uso de palavras educadas para agradecer, cumprimentar e pedir.

Parece-nos atitudes tão simples, tão ínfimas! Mas que fazem tanta diferença em nosso dia-a-dia. Uma pessoa que cultiva o jeito ranzinza de ser somente atrai companhias espirituais infelizes, igualmente irritadas, que somente perturbam o ambiente e trazem obstáculos à nossa melhora íntima.

Primeiramente, devemos conquistar o bendizer, o utilizar de palavras gentis, os assuntos elevados e construtivos, para depois conquistarmos as atitudes mais diretas, como abraçar um amigo, um irmão de caminhada, dar as boas vindas para alguém que chega, ao invés de olharmos com desprezo ou desdém, retratando nossa desequilbrada condição íntima.

Para utilizar de exemplo, trago uma situação vivida por mim.

Certa vez, ao aguardar a chegada de um ônibus, eu e mais outros pedestres percebemos que estava demorando mais do que o normal. A irritação começou a tomar conta dos presentes, que não aguentavam mais aguardar. Quando o veículo chegou, a primeira pessoa a subir pela porta traseira, perguntou rispidamente ao cobrador o motivo da demora. Ambos começaram a discutir, trocando palavras nada gentis.

Quando chegou a minha vez de passar pela catraca, dei bom dia ao cobrador e perguntei se algo havia acontecido de diferente n'aquele dia que pudesse ter atrasado a chegada do ônibus. 

Antes de me responder ele exclamou:

- Que diferença! Olha como ele perguntou... A senhora já vem com falta de educação... - E recomeçou a discussão.

Logicamente, não quero me gabar de minha atitude, mas procuro sempre tratar o próximo com gentileza, ainda que esteja bastante irritado com algo. Afinal, já interiorizei que o outro não tem culpa do que ocorre na minha vida íntima. Não podemos dar continuidade à corrente de irritação, que sempre se alastra até encontrar um coração cristão que recebe a ofensa e se cala, impedindo a contaminação da vibração doentia da cólera.

Se buscarmos os exemplos em nosso Planeta, daqueles ícones do Cristianismo e da Caridade para com todos, sempre encontraremos a gentileza como uma das caracterísicas principais desses seres. Para exemplificar, podemos citar Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Ghandi, e tantos outros, que sempre estampavam um sorriso no rosto e gentileza nos gestos, quando se relacionavam com outrem.

Assim, sigamos estes exemplos, fazendo de nosso dia um mar de sorrisos e educação para com o próximo. Imaginemos como seria diferente a psicosfera do Planeta se todos agissem com polidez para com o próximo, ou pelo menos silenciassem antes de proceder com alguma agressão física ou verbal. Quanta violência seria evitada! Quantos crimes deixariam de ser cometidos!

Em algumas ocasiões, indivíduos provocam a desencarnação de outrem pelo simples fato de terem sido maltratados verbalmente, ou terem recebido uma resposta carregada de irritação e coléra.

Sabemos que ainda estamos distantes da perfeição moral, e que em muitas ocasiões não conseguimos calar nossas fraquezas. Porém, pelo menos tentemos silenciar diante das ofensas, buscar uma sintonia elevada, respirar fundo quando sentirmos a irritação chegar, para que assim evitemos as idéias sopradas aos nossos ouvidos daqueles nossos irmãos ainda inferiores do Mundo Espiritual.

Citando André Luiz, no livro Os Mensageiros, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lembremos que a casa que ora se transforma em fortaleza e o ser que ora cria uma armadura psíquica que impede a penetração dos dardos carregados de cólera e maledicência lançados por espíritos inferiores desencarnados ou por inimigos gratuitos encarnados.

Atitude mental elevada somente traz benefícios a nós e ao nosso Lar. Palavras carregadas de cinismo, cólera, maledicência, tornam o ambiente carregados de miasmas e vibrações doentias, mantidas por espíritos com baixo teor vibratório e com a intenção ainda vinculada ao vício e ao mal.

Resguadermo-nos contra o ataque das trevas, conceituada aqui como um imenso grupo de seres desencarnados que se dedicam à ploriferação de dores e ranger de dentes na Terra, buscando a cada dia angariar mais e mais servos de seus vícios, companheiros unidos para praticar o mal, em todas as suas ramificações, fazendo com que a Terra sofra os últimos atentados dessa horda antes da transição final, purificando o Orbe para receber o novo estágio no degrau evolutivo dos Mundos.

Um comentário:

  1. A pessoa que sabe se calar diante de uma ofensa ou agressão verbal já tem meio caminho andado no amadurecimento espiritual.
    É o que Jesus aconselhou com o "dar a outra face quando uma for batida".

    Ou há uma pessoa que tenha a coragem moral de silenciar diante disso ou o fogo da discórdia vai se alastrar violentamente.

    Por isso que eu gosto tanto da frase de Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo:
    "Há mais coragem em suportar um insulto do que em se vingar".

    É claro.
    Reagir a um insulto é muito simples; o pior e mais vil dos homens faz isso muito facilmente.
    Mas silenciar é muito difícil, só os maiores o fazem.

    Sobre o excesso de buzina...
    Isso é uma das formas de agressão mais presentes hoje em dia.
    As pessoas não a encaram como uma forma de agressão, mas ela o é.
    Dia chegará que haverá legislação específica contra isso.

    Abraços, sr. Paciência.

    Bruno.

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