terça-feira, 9 de agosto de 2011

Oração no Lar

“Influem os Espíritos em nosso pensamento, e em nossos atos?”.
- Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459).


Desconhece a Humanidade o quanto somos influenciados pelos seres desencarnados. Inúmeros desastres familiares são ocasionados pela interferência de espíritos infelizes, que se comprazem com a queda moral alheia, vibrando intensamente por atitudes coléricas e deprimentes de nós outros, na luta cotidiana.

É imperioso reconhecer que cada indivíduo tem a plena capacidade de escolher aquilo que lhe apraz, vez que o livre arbítrio é componente inconfundível da Justiça Divina, que permite a liberdade de escolha por nossa parte, mas que também nos relembra da responsabilidade de nossos atos, além de permitir que a espiritualidade superior ou inferior nos influencie os pensamentos.

O ambiente familiar é determinado pela qualidade de pensamentos que os componentes da família estão vinculados. Se mantêm um ambiente doméstico caracterizado por discussões, ironia, contendas desnecessárias e todo tipo de emanação vibratória negativa, certamente em tais ambientes, também se encontrarão espíritos infelizes, vinculados à matéria e subjugados às suas exigências imediatas.

Se, do contrário, mantivermos ambiente salutar em nossos lares, através do pensamento sempre vinculado às Alturas, evitando palavrões, utilização de qualquer espécie de drogas ou vícios atrozes, e buscando manter a harmonia nas relações, certamente aí estarão espíritos da mais bela estirpe, caracterizados pela pacificação íntima e os quais nos sugerem idéias renovadoras e soluções simples para os nossos problemas diários.

Por esse motivo, devemos manter sempre um clima de tranquilidade e paz em nossa casa. Para tanto, é necessário que a nossa casa íntima esteja equilibrada, ou seja, a nossa mente deve estar sintonizada com nosso mentor espiritual e com aqueles que se afeiçoam a nós e desejam nosso bem, os chamados espíritos amigos. Essa ligação direta com as forças superiores é alcançada através da oração, instrumento imprescindível para a elevação de nosso ser espiritual.

André Luiz, no livro Conduta Espírita , diz que “quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.”

Ainda ele, em outra famosa obra, denominada "Os Mensageiros", foi ensinado pelo instrutor espiritual chamado Aniceto:

“Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão-só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm a distância, procurando outros rumos...”

Nos ensina Joanna de Ângelis em seu livro Messe de Amor, na página “Jesus Contigo”, que nós distendemos da nossa casa a luz do Evangelho para o “mundo atormentado”. E diz ainda  que a casa que ora beneficia a rua inteira, e que num prédio, um único apartamento em que haja culto do Evangelho no Lar é capaz de iluminar todo o edifício.

Algumas dessas passagens nos demonstram a importância da prece diária e do cuidado que devemos ter para não sofrermos influências danosas de espíritos ainda imperfeitos como muitos de nós, e que desejam interferir negativamente em nossas vidas.

Assim, sigamos o exemplo único do Mestre amado, o qual silenciou diante da ofensa, honrou seus pais e perdoou toda a Humanidade, conservando um amor inabalável por nós, sabendo que num futuro, ainda que distante, atingiremos a sua esfera bendita, coroada de bençãos e verdadeira felicidade nos planos Celestes.

Um comentário:

  1. "Quem não sabe orar, xinga Deus", já diz a sabedoria popular rsrs

    Mas é verdade. Quem não tem o hábito da oração é como uma TV sem antena que não sintoniza com nada e não gera boas imagens.
    Quem não conecta-se com a claridade do Alto, permanece perdido nos caminhos muitas vezes escuros nos quais peregrinamos.

    Apenas é bom lembrar que orar sempre não é ficar ajoelhando-se na praça pública o tempo todo.
    O simples fato do esforçar-se por ter uma conduta correta, por ter compreensão com pessoas difíceis, por ter bons pensamentos, por praticar boas ações, já é um ato oracional.

    Abraços!

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