segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Espiritismo – Dúvidas comuns

A crença espírita, adotada por milhares de seres (encarnados e desencarnados) é amplamente conhecida pela sociedade a qual faz parte, porém, muitos desconhecem as benesses que os ensinamentos espíritas trazem para as almas humanas.

Medo, dúvida, apreensão, preconceito. Esses são apenas alguns exemplos dos sentimentos que envolvem grande parte da população em relação à causa espírita. Quantos confundem o Centro Espírita com centros de Umbanda? E no que concerne à doutrina espírita em si? Existem aqueles que a denominam “kardecista”, sendo que tal termo não coaduna com os postulados espíritas, vez que nós, espíritas, não seguimos a Kardec, no sentido lato da palavra. Seguimos, sim, à Jesus, e, por esse motivo, o Espiritismo é uma religião (ou ciência) cristã.

Digo religião ou ciência pois tal doutrina não pode ser entendida somente pela análise de um desses aspectos. Pela visão do que se entende por religião, o Espiritismo corresponde a todos os requisitos desta, uma vez que seus seguidores são instruídos a melhorarem suas atitudes, evoluírem seus pensamentos e buscar uma conduta diária pautada nos ensinos do Mestre Jesus. Assim, não há dúvida acerca da possibilidade de enquadrar tal doutrina como religião.

Ainda assim, existe outra classificação passível de análise: Considerar o Espiritismo como uma ciência. Ora, tal afirmativa parece absurda para muitos estudiosos e principalmente para os leigos. Assim consideram pois não enxergam o aprofundado estudo que se teve na origem dessa iluminada doutrina. E, inclusive, é daí que provém o erro de considerar Kardec como “inventor” do Espiritismo.

Com uma análise rápida na história do Espiritismo, podemos verificar que Allan Kardec buscou estudar os fenômenos espíritas, os quais desde os primórdios, sempre fizeram parte da realidade humana. Com esses estudos, Kardec pôde constatar a veracidade dos fatos ali analisados, a qual foi alcançada com as diversas experiências efetuadas pelo mesmo, buscando desmascarar toda e qualquer farsa, todo e qualquer fingimento ou fraude.

Quando Kardec verificou que não havia fraude alguma e que efetivamente existia a possibilidade dos espíritos que antes habitaram a Terra voltarem para se comunicar conosco, temporariamente encarnados, o aludido professor procedeu com a compilação dessas experiências, nas quais os espíritos superiores nos trouxeram o direcionamento correto a ser seguido em nossas vivências terrenas, formando, assim, o que hoje entendemos por doutrina espírita.

Assim, Kardec redigiu o Pentateuco, que leva este nome em razão do número de livros lançados por ele para informar o Mundo da Realidade Espiritual. Dessa forma, muitos confundem a função de Kardec. Alguns o consideram criador da doutrina. Outros entendem que os espíritas o seguem os passos, servindo-o de modelo para nossas condutas. Porém, como já tratado anteriormente, ambas as visões estão equivocadas.

Os livros redigidos por Kardec são muitíssimo importantes pois este foi o primeiro e único a compilar as experiências vividas junto ao Mundo Espiritual e sua conseqüente comunicabilidade com o mundo físico de forma organizada e cronológica, favorecendo para demonstrar a seriedade do tema e o quanto ele influencia em nossas vidas. Dessa forma, consideramos Allan Kardec como um ícone incomparável da doutrina espírita. No entanto, ainda assim não o temos como “modelo e guia da Humanidade”.

Mesmo porque todo o conteúdo do Pentateuco é baseado nos ensinamentos trazidos há mais de dois mil anos, por Jesus Cristo. Por isso que uma análise superficial da doutrina não permite ao aventureiro compreender toda a amplitude do assunto. Mas o fato é que temos por Jesus o grande Modelo a ser seguido e, desde o Seu retorno às Paragens Celestiais, o Planeta ainda não demonstrou total fidelidade aos postulados aqui deixados.

Sou suspeito para falar, tendo em vista que sou Espírita (ou ao menos tento ser), porém, afirmo com total certeza que essa doutrina libertadora auxilia a quem lhe procure a alcançar a paz espiritual e a evolução necessária para atingir a perfeição.

Basta agora procurar uma Casa Espírita séria (sou obrigado a usar esse termo em virtude da quantidade de centros espíritas que estariam mais enquadrados no termo “equivocados”) e se dedicar ao trabalho em prol do próximo, favorecendo, em contrapartida ao seu próprio espírito na romagem terrena, caracterizada por dificuldades e dores complicadas de serem compreendidas sem a devida análise da realidade espiritual que os rodeiam.

4 comentários:

  1. Adoreeei Lucas. É realmente o que as pessoas não entendem ou não possuem o conhecimento devido, não os julgo para nós espíritas que estamos envolvidos a doutrina ainda assim é difícil.. posso imaginar perfeitamente o quão complicado pode ser para alguém que jamais aprofundou-se nos ensinamentos.

    Vale lembrar que a mídia também tem ajudado a fazer uma certa propaganda do espiritismo deixando aqueles céticos a entrarem em conflito já que muitos temas "abordados" pela mídia tem conceitos errôneos diante da doutrina, até porque eles precisam de visualizações do conteúdo.. consequentemente para que seja bem visto a população é necessário umas mentirinhas para tornar mais 'romântico'.

    Lógico que graças a essa divulgação o espiritismo tem se elevado em termos de seguidores, mas isso também me preocupa.. já que em tempos de julgamentos contra a doutrina aqueles que a procuravam estavam verdadeiramente em busca de doar-se aos ensinamentos e de certa forma mudar seu erros cometidos. E hoje vejo que muito assistem palestras, mas nada absorvem.. ou vão apenas por modismo.

    Beijos, amei a postagem

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  2. Assim como você não pode entender de astronomia usando por 2 dias a luneta de um astrônomo (lembra disso?) ou compreender totalmente qualquer ciência lendo uma ou duas obras básicas, não se pode aprofundar totalmente o pensamento espírita sem um estudo sério de Kardec.

    O "Espiritismo Esclarecido" é algo muito importante e que faz muita falta, pois ele leva a pessoa a deixar de acreditar para compreender filosoficamente que não pode ser de outra forma.
    Afinal, acreditar e saber não são sinônimos.

    E isso nos faz entender que não podemos interpretar mal as palavras de Emmanuel quando ele disse: "A maior caridade que fazemos com a Doutrina Espírita é a sua divulgação."
    Pois a boa divulgação é positiva; mas a má divulgação traz mais inconvenientes do que benefícios.

    Abraços!

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  3. Ola tudo bem amigo?, Tenho 47 anos, sempre fui reencarnacionista e espiritualista, inclusive sempre estudei obras de André Luiz e Alan Kardec e outros. No entanto tenho algumas dúvidas que nenhum espirita me conseguiu responder...:
    1- em varios relatos em livros psicrografados, os desencarnados relatam que no momento de seu desencarne por qualquer tipo de acidente, ja havia no local espíritos para amparalos e as vezes até mesmo parentes...e esses desencarnados diziam para seus entes que se conformassem pois era chegada a hora. E em também em outros relatos, vi pessoas sendo preparadas por mensagem psicografadas para se prepararem pois ocorreria algum desencarne na família, o que de fato ocorreu...
    Pergunto: como acontece o acidente em que ocorre o desenlace? foi provocado, visto que éra de préconhecimento ou mesmo programado? existem espiritos incumbidos de causar esses acidentes? se não, como saberiam como ia acontecer? se sabiam antes, e tinha que acontecer, então não adiantaria tomarmos precauções na vida como cinto de segurança e demais prevenções? Não consigo ver lógica ou mesmo coerência na questão 853 do livro dos espíritos, se não perecerei antes da hora, para que usar atitudes prevencionistas? porque cuidados com manutenção de veículos, estradas, velocidade, saúde, higiene, alimentação se não perecerei antes da hora? E também afirma que nada poderá impedir que partas, quando sua hora soar...como então se explica o aumento da longevidade, que acredito foi proporcionada por avanços da medicina e novas atitudes médicos-preventivas, alimentares, esportivas. É perfertamente observável que posturas e atitudes podem tanto abreviar como estender as existencias terrenas...

    2 - Se Deus é justo e imparcial, qual a necessidade da oração? se ele proporcionar justiça a todos os seus filhos, porque teria que orar por alguém, visto que Deus é justo e não iria beneficiar ou prejudicar quem quer que fosse senão pelas suas obras? E ainda se ele é justo, porque teria que ama-lo sobre todas as coisas, visto que ele é justo, e mesmo que fosse ateu, mas de bom coração, porque ele me prejudicaria? Em outras palavras, Deus quer que sejamos bajuladores?
    Desculpe me por esta perguntas, mas anseio muito por estas questões respondidas...e que realmente tenham lógica, partindo do pressuposto de um Deus Justo, onisciente, onipotente e e onipresente.
    muito obrigado e aguardo se possível uma breve resposta...forte abraço Amauri...
    builemes@hotmail.com

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  4. Resposta ao Sr. Amauri direcionada ao mesmo por email, pois não foi possível colocá-la aqui, em virtude do tamanho.

    Para aqueles que desejam ler a referida resposta, favor contatar-me por aqui ou pelo email: germanodosanjos@gmail.com

    Abraço!
    Lucas

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